Ansiedade animal: como detectar e como resolver.
Parece que a ansiedade está cada vez mais presente no nosso dia a dia, por isso trouxemos algumas informações e dicas para entender um pouco mais e ajudar nossos animais a lidar com essa emoção.
O que é, e qual o problema com ela?
A ansiedade é uma antecipação a algo que vai acontecer, e pode aparecer de maneira pontual – como o animal ficar ansioso ao perceber que existe a chance de ganhar comida ou de ir passear – ou ela pode ser um estado constante, quando um animal vive sob estado de ansiedade, o que geralmente está muito relacionado a uma insegurança e desconforto.
Sabe quando um cachorro parece estar dormindo profundamente e assim que o tutor se movimenta ele já dá um pulo e está pronto para ação? Ou aquele animal que só come de madrugada quando nada está acontecendo e está tudo calmo? Invariavelmente essas situações representam casos de animais ansiosos.
Muita coisa pode facilitar a ansiedade, como tédio, conflitos com outros animais, falha de comunicação, problemas de saúde, ou muitas vezes fatores que não podemos controlar como influências genéticas e aprendizados (ou falta deles) na fase mais sensível de socialização.
Um fato preocupante a respeito dessa sensação emocional é a resposta fisiológica do organismo, que libera grande quantidade de hormônios ligados à ativação do sistema nervoso como o cortisol e a adrenalina para deixar o corpo pronto para agir. Porém, viver constantemente sob essa influência hormonal é prejudicial para a saúde de qualquer indivíduo, como já acontece com boa parte da população onde os inúmeros compromissos e a rotina de trabalho faz com que vivam sempre estressados, muitas vezes favorecendo problemas de saúde e desequilíbrios emocionais.
Quais são os sinais de que meu animal é ansioso?
Cães: basicamente é preciso reparar em comportamentos muito intensos e/ou repetitivos como vocalização (choro, latido), ficar andando de um lado para o outro, dificuldade de relaxar, de dormir, de esperar, alteração de apetite (comer de maneira ansiosa ou não comer), beber muita ou não beber água, destruir e engolir objetos, dificuldade de brincar, de se concentrar, urinar pela casa principalmente quando está sozinho, automutilação (se morder, se lamber), agressividade.
Gatos: Os sinais no gato são mais discretos, ele pode ficar muito tempo escondido, se manter isolado, comer demais ou de menos, se lamber excessivamente podendo levar à auto mutilação, agressividade, intolerância à manipulação ou a outros membros da casa, brincar menos e aumento de vocalização.
Meu animal é ansioso, o que eu faço?
1 – O primeiro passo é descobrir a causa, quais são as fontes de estresse desse animal. A ansiedade costuma ser multifatorial, envolvendo causas ambientais, sociais, de rotina, de manejo, e emocional, por isso a abordagem e o tratamento também devem ser multifatoriais. Como é a rotina dele, o que e quanto ele come, quais atividades ele tem, como interage socialmente? Não recomendamos buscar apenas a mudança pontual dos comportamentos que são associados à ansiedade, como os citados acima.
2 – Procure reparar quais situações e recursos estão envolvidos em situações estressantes ou que geram muita expectativa, e observe em quais momentos seu animal está calmo para estrategicamente reforçar com comida esses comportamentos associados a estados calmos, onde ele não aparenta estar preocupado com o que está acontecendo no entorno. Por exemplo, quando um gatinho está tomando sol no parapeito da janela, ou o cachorro está deitado na caminha dele, descansando.
3 – Ofereça também atividades e refeições da maneira apropriada para a espécie, tentando simular como seria a alimentação desse animal em vida livre, para que ele possa colocar em prática comportamentos instintivos que naturalmente levam a estados emocionais de prazer e relaxamento, como caçar, farejar, destruir, buscar algo.
4 – Animais que não tem atividades ou que tem atividades demais são mais propensos à ansiedade, por isso é muito importante que eles tenham um dia a dia enriquecido mas que também aprendam as habilidades de saber interagir de maneira calma.
Um exemplo é que, na natureza, um cão passaria 70% do tempo dele procurando alimento, e na nossa casa muitas vezes acabam transferindo essa motivação por ficar atrás de pessoas ou controlando o ambiente. Por isso, gerenciar muito bem a alimentação para estimular atividades apropriadas no dia a dia já é um grande avanço para quem precisa lidar com animais ansiosos.
Se o seu animal está demonstrando sinais de ansiedade e você gostaria que ele tivesse um maior bem estar e equilíbrio, procure ajuda profissional. O trabalho em equipe é a melhor forma de garantir uma qualidade de vida para todos!
Sobre nós:
Somos profissionais da área animal com uma visão sistêmica e integrativa que preconiza o respeito pela liberdade de cada animal poder expressar seu propósito e comportamento natural da espécie. De formação acadêmica Thais Vaz Oliveira é médica veterinária e Guilherme Maino de Azevedo zootecnista, ambos pós graduados em comportamento animal e juntos queremos trazer qualidade de vida e bem estar através de acompanhamentos personalizados e exclusivos, com foco no equilíbrio emocional e comportamental dos animais e das pessoas que cuidam deles.
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