O Que Aprendemos Participando Da Constelação Veterinária Sistêmica
A constelação familiar sistêmica foi desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger. É um tipo de abordagem que parte do pressuposto de que todo ser humano pertence a um sistema, a uma família. É aplicada considerando os padrões familiares que se repetem ao logo de gerações, e como o indivíduo pode estar atuando mais em função da consciência familiar do que da própria. Ajuda a se ter um entendimento maior sobre as relações, sobre os sentimentos, sobre a vida e as nossas ações. É uma dinâmica focada no autoconhecimento também. Pois melhorando a nossa visão sobre às relações melhoramos tudo que envolve a nossa vida.
Tem como norte três ordens, as chamadas ordens do amor:
Hierarquia: é uma ordem cronológica, que coloca os pais antes que os filhos, o primeiro filho antes do segundo, e o amor entre pai e mãe antes do amor entre pais e filhos. Não se trata de definir um grau de importância, mas, sim, respeitar a ordem dos fatos.
Equilíbrio entre dar e receber: se pauta pela necessidade de haver equilíbrio em todas as relações, o que gera respeito e igualdade.
Pertencimento a um clã familiar: todos os membros têm o direito e o dever de serem reconhecidos como pertencentes à família, para que o sistema seja justo e equilibrado. Isso se aplica também a quem morreu, aos filhos abortados, adotados, etc.
A constelação familiar utiliza o fundamento de que determinadas ordens necessitam ser seguidas para que haja um equilíbrio familiar, e, desse modo, se construa a harmonia, e que cada membro ocupa o lugar que lhe corresponde.
E os animais? Qual a relação deles nesse sistema?
Os animais são considerados bioindicadores do nosso sistema familiar. São como “esponjas” dentro de nossas casas absorvendo questões energéticas e emocionais dos membros familiares e doando também energia e amor para o equilíbrio do nosso sistema familiar. Muitas vezes podem até adoecer por isso (quando questões emocionais não são olhadas pelos membros da família). Portanto buscar a saúde emocional é parte imprescindível para desenvolvermos pessoas e animais mais felizes e sem doenças físicas.
Geralmente direcionamos aos animais a função de preencher “lacunas” ou “faltas” que sentimos dentro de nós. Preencher a saudade de nós mesmos (quando nos esquecemos de quem somos e o que viemos fazer aqui), quando nos esquecemos da nossa criança (aquela cheia de sonhos, energia e criatividade), quando sentimos falta de alguém que morreu ou não faz parte mais do nosso convívio. Quando sentimos falta de um abraço de mãe, esposo ou de um irmão. Quando não sabemos qual o papel que temos dentro da família ou qual o lugar que ocupamos dentro desse sistema. Quando não nos sentimos amados por nós e nem pelos outros.
Através do amor incondicional os animais nos ajudam. Assim como nós também podemos ajuda-los nesse caminho evolutivo. Mas os animais dentro da constelação veterinária (*não precisam estar presentes no dia da dinâmica) nos mostram algo ainda melhor e maior:
Podem indicar qual a dor que precisa ser olhada, ser curada. Somente olhando para as “lacunas”, para as “faltas” e entendendo o motivo pelo qual estão ali que podemos nos tornar pessoas melhores. RESSIGNIFICAR E TER EMPATIA: esses são um dos conceitos trabalhados também nesse processo. E a consequência é o equilíbrio de todo o sistema familiar: Animais e seres humanos que ali convivem.
Esse é o resumo do que aprendi com a Constelação Veterinária Sistêmica e com a Carla Soares.
Com carinho
Gabriela Rodrigues
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